quarta-feira, 31 de março de 2010

Conferência de Educação Ensino a distância causa debate em plenária sobre democratização do acesso

quarta-feira, 31 de março de 2010 - 14:36
A inclusão ou supressão de uma simples palavra – o advérbio “preferencialmente” – foi discutida durante quarenta minutos por delegados de todo o país, reunidos na plenária sobre democratização do acesso, permanência e sucesso escolar nesta quarta-feira, 31, durante a Conferência Nacional de Educação (Conae), em Brasília.

Parece simples, mas a palavra, dentro do debate, sintetiza uma discussão importante, que diz respeito ao apoio da educação a distância ou não. Os participantes tiveram de decidir que tipo de proposta construiriam em relação à expansão da educação superior pública. Assim, os delegados precisaram optar pela supressão ou manutenção da palavra no seguinte texto: “Incrementar a expansão da educação superior pública (...), garantindo formação inicial em cursos de licenciatura e bacharelados preferencialmente presenciais, oferecidos por instituições de ensino superior públicas (...)”

Neste contexto, a supressão da palavra “preferencialmente” significaria a defesa da expansão da educação superior apenas em cursos presenciais, excluindo a oferta da educação a distância. “A minha preocupação é com a qualidade da educação ofertada a distância. Muitas instituições privadas podem fazer disso mais um meio para fabricação de diplomas”, disse a pedagoga Rita Serra Faeda, delegada pelo estado do Rio de janeiro.

“Eu sou favorável a toda educação pública de qualidade, a distancia ou presencial”, assinalou a delegada do Espírito Santo, Maria Madalena Alcântara. “Não podemos reafirmar nesta conferência preconceitos, porque isso prejudica o avanço de políticas públicas importantes. O que temos de defender é o acesso de todos à educação e a qualidade de todas as modalidades de educação”, defendeu a delegada pelo Ministério da Educação, Patrícia Barcelos.

Os participantes, depois da votação, resolveram manter a palavra “preferencialmente” no texto e incluir a possibilidade de oferta de cursos de licenciatura e bacharelado pela educação a distancia, em instituições públicas de educação superior.

Outros temas – Além da educação a distância, os participantes também decidiram como outras propostas referentes a acesso e permanência serão enviadas à plenária final. Sobre o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), por exemplo, representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) defenderam a sua avaliação constante. Em relação a cotas nas universidades – outro assunto que gerou polêmica – os delegados aprovaram proposta que reserva 50% das vagas nas instituições públicas para alunos egressos das escolas públicas, respeitando a proporção de negros e indígenas em cada ente federado, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Desde terça-feira, delegados de todo o país estão distribuídos em seis salões diferentes para discutir seis grandes temas até esta quinta-feira, 1º de abril, quando devem levar o resultado de suas deliberações à plenária final do encontro. As propostas aprovadas no encontro final de quinta-feira balizarão a elaboração do próximo Plano Nacional de Educação, que conterá metas educacionais de 2011 a 2020.

Maria Clara Machado

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Palavras-chave: Conferência Nacional de Educação, Conae

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terça-feira, 30 de março de 2010

SEDUC/ CUIABÁ-Resultado Final - Publicada em 30/03/2010 às 18:00

Cientistas se emocionam com êxito do acelerador que recria o 'Big Bang'

Jamil Chade, de O Estado de S. Paulo

GENEBRA- A lua cheia ainda brilhava sobre os alpes em uma noite de fim de inverno quando os primeiros cientistas chegavam ao Centro Europeu para a Pesquisa Nuclear (Cern). A noite foi de preparativos para o primeiro teste, programado para ocorrer às 6 horas da manhã do horário europeu (1 hora de Brasília).

Mas um problema de energia obrigou os técnicos a abortá-lo. Às 8 horas, mais uma tentativa e outro fracasso, desta vez por conta de imãs.

A cautela do Cern em garantir que o experimento era totalmente seguro pode ter sido exagerada. O acelerador, diante de qualquer anomalia, cancela a rotação das partículas e foi isso que ocorreu. Nesse momento, a tensão tomou conta dos cientistas.

"Durante a noite, tudo correu bem. Mas quando começamos o teste para valer, os problemas apareceram. Ficamos muito preocupados", afirmou Steve Myers, diretor do acelerador.

Em 2008, no primeiro ato de funcionamento do acelerador, as comemorações também ocorreram. Mas nove dias depois o projeto foi suspenso por um ano e meio diante de uma falha. O cenário ainda estava na mente de todos.

Mas às 13 horas e seis minutos, o primeiro choque finalmente ocorreu. As salas de comando do experimento foram tomadas por uma comemoração pouco típica dos cientistas. Sob forte aplauso, muitos se abraçavam, enquanto outros serviam champagne francesa em copos de plástico. "Estou aliviado e emocionado", afirmou Myers.

No projeto Atlas, que irá tentar identificar a massa negra, a responsável pelo programa, Fabiola Gianotti, comemorava. "O choque foi como fogos de artifício. Algo completamente diferente de tudo que já vimos. Podemos dizer com certeza que estamos em um novo regime de energia", afirmou, mesmo sem ainda avaliar os dados com profundidade.

Em telas espalhadas pelo Cern, a explosão gerada pelo choque era mostrada em animações criadas por computadores. Em uma teleconferência no Japão, Heuer aparecia com um copo de vinho de uma garrafa ano 1991, data da aprovação inicial do projeto.

Michael Barnett, físico da Lawrence Berkeley National Laboratory, não escondia sua felicidade. "Estou nesse projeto há 16 anos. Nossa vida nesse planeta é curta. Sonhos de uma vida inteira estão nessa experiência", disse ao Estado. "O que ocorre hoje é o resultado de toda minha vida. Não tenho como não me emocionar", disse.

domingo, 7 de março de 2010

Prazo para solicitação da certificação de Ensino Médio vai até 31 de março

Os candidatos interessados em receber a certificação do Ensino Médio com a pontuação do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) terão até 31 de março para fazer a solicitação no site do Inep - www.sistemasenem2.inep.gov.br/Enem2009. Sem o cadastro no site federal será inviável a emissão do documento pela Secretaria de Estado de Educação.



A Gerência de Educação de Jovens e Adultos da Seduc aponta 1655 solicitações inseridas no site federal, das quais apenas cerca de 50 tiveram encaminhamento no Estado. O responsável técnico pelo cadastro no Estado, professor Jefferson Moura, informa que o procedimento da certificação se dá em etapas. Após a solicitação no site os candidatos devem comparecer na Secretaria ou respectivas representantes no interior do Estado (assessoria pedagógica e municípios onde existam Cejas) para encaminhar a documentação pessoal – RG e CPF, além do documento que comprova a pontuação conquistada.



Moura esclarece que a perda do prazo comprometerá o encaminhamento da documentação caso o candidato precise da certificação ainda este ano. “São necessários 60 dias para a emissão do certificado, após a entrega de documentos na secretaria”, adverte.



Em caso de dúvida, outros esclarecimentos podem ser obtidos pelos seguintes telefones: (65) 3613-6325 e 3613-6447 (Gerência de EJA).



ROSELI RIECHELMANN

Assessoria/Seduc-MT

quinta-feira, 4 de março de 2010

LEI 9394/1996

ESTOU COLOCANDO AQUI UM LINK PARA A LEI QUE REGULAMENTA A EDUCAÇÃO NO BRASIL A LEI 9394/96

Programa eleva autoestima de professores de escolas multisseriadas


As escolas multisseriadas, que reúnem na mesma sala de aula alunos de diferentes séries do ensino fundamental, representam 56,45% das escolas existentes na área rural brasileira. Segundo dados do Censo Escolar de 2008 existem 48.875 instituições desse tipo, em nosso país, com 70 mil professores e 1,3 milhão de alunos. Essa organização heterogênea, com estudantes de diferentes idades e níveis de conhecimento, ocorre principalmente devido às grandes distâncias existentes nas áreas rurais e à baixa densidade da população nesses locais.
Em Marabá, no sudeste do Pará, a 485 Km da capital Belém, a Secretaria Municipal de Educação trabalha com a formação continuada dos professores das escolas do campo, que são atendidos em cinco pólos de formação. “É um momento muito rico, porque todos os educadores das escolas pequenas e que ficam isoladas se encontram para uma troca de experiências, socialização, e planejamento”, diz a pedagoga Aurelice Lopes. A ação faz parte do programa Escola Ativa, do Ministério da Educação, criado em 2008 para melhorar a qualidade do desempenho escolar em turmas multisseriadas e que tem a capacitação de professores e a implantação de recursos pedagógicos entre suas principais estratégias. O programa, coordenado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), é desenvolvido em 39.732 escolas, em 3.106 municípios.
“A metodologia da Escola Ativa traz visibilidade para os educadores das classes multisseriadas”, garante a pedagoga Aurelice Lopes Queiroz, onde o programa é adotado em 116 escolas. Para ela, que é coordenadora pedagógiga nas escolas do campo, a autoestima desses professores agora está elevada porque existe um programa voltado para eles e suas necessidades. Segundo Aurelice, outros resultados positivos têm sido constatados no processo de ensino-aprendizagem e no envolvimento da comunidade com a escola. “Onde o educador realmente se compromete e trabalha a metodologia, os resultados têm sido consideráveis”, assegura. No entanto, a pedagoga faz uma ressalva: eles têm enfrentando uma grande dificuldade em desenvolver a metodologia porque não conseguem fazer o acompanhamento necessário. “Se o nosso acompanhamento fosse mais frequente e sistematizado, nossos resultados seriam melhores”, acredita.
Entre os elementos utilizados pelo programa Escola Ativa em sua metodologia estão os Cadernos de Ensino e Aprendizagem. Específicos por disciplina, eles estimulam os alunos a estudarem por conta própria. Em 2009, o MEC encaminhou 820 mil desses Cadernos, que beneficiaram 694.237 alunos. Em 2010, serão distribuídos 7.379.395 Cadernos para atender 1.321.833 alunos. O programa também utiliza os chamados Cantinhos de Aprendizagem: locais que reúnem materiais de pesquisa e subsídios para aprendizagem e que podem conter livros, plantas, e objetos ligados à cultura local e às áreas do conhecimento.
Autor: Arquivo do MEC