Como diz o nome, os dois elementos principais do Pot in pot são dois grandes vasos de argila de tamanhos diferentes. Um deve caber dentro outro e ainda permitir que uma camada de areia se interponha entre os dois. Feito isso é só molhar periodicamente a areia – em média duas vezes por dia. A evaporação da água rouba calor do vaso de dentro, onde frutas e verduras armazenadas se conservarão fresquinhas.
Um sistema típico pode custar apenas 2 dólares (preços locais) e conter até 12 kg de vegetais. Dentro dele, tomates e goiabas duram 20 dias contra 2 dias se deixados sem refrigeração. O ganho depende de cada verdura, mas é sempre um múltiplo do normal. Só existe um pré-requisito: o clima pode ser quente, mas deve ser seco para facilitar a evaporação. Sobre a utilização do método no Sudão, conta o site Science in Africa (Ciência na África):
No calor de Darfur, Hawa costumava perder metade da colheita que tentava vender diariamente no mercado de Al Fashir, a capital de Darfur do Norte, pois lhe faltava armazenamento adequado – não há eletricidade ou geladeiras – na sua pequena cantina (…). Mas agora ela vende produtos mais frescos e aumentou seus lucros. Desde que começou usar o sistema Pot in pot.
A ideia já tem alguns anos e rendeu a Mohammed Bah Abba os 75 mil dólares do prêmio Rolex de empreendedorismo 2000. Foi também considerada uma das invenções do ano pela revista Time em 2001. O invento mudou a vida de famílias pobres da África rural, mas pode ser usado por qualquer um que queira poupar um pouco de energia aproveitando as forças mais básicas da natureza.
veja o vídeo explicativo:
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