domingo, 25 de abril de 2010
NÃO A VIOLÊNCIA
Como cidadão, venho acompanhando inúmeras notícias de violência dos mais variados tipos com conseqüência para toda sociedade, e o pior é que não vemos nossas autoridades fazendo nada para mudar esta situação, sabemos que nem tudo se resolve nas mãos dos governos, mas também sabemos que se ele não age quem mais sofre é a população, primeiro a pobre que não tem dinheiro para pagar segurança e depois até os ricos que são prisioneiros em suas casas. Sei que este argumento é chover no molhado, mas também sei que se não expressarmos indignação vamos continuar contando mortos, e isso é inadmissível e por isso estou aqui solicitando a todos que acessarem este blog que não aceitem a violência e que usem todos os meios de comunicação que tem disponível para expressar a sua opinião DE NÃO VIOLÊNCIA E TODOS PELA PAZ. Postarei aqui endereço eletrônico do congresso nacional para enviarmos mensagens aos nossos deputados e senadores, pois são eles que tem o pode e devem agir urgentemente para mudar as nossas Leis e favorecer o povo do BRASIL.
terça-feira, 20 de abril de 2010
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Promotor cria forma de disciplinar estudantes baderneiros
Nas últimas semanas, histórias de agressões, ameaças, bombas, brigas de gangues e até tiros na sala de aula tomaram conta do noticiário.
O que fazer quando a violência acontece dentro da escola?
Nas últimas semanas, histórias de agressões, ameaças, bombas, brigas de gangues e até tiros na sala de aula tomaram conta do noticiário!
Diante de tudo isso, um promotor da infância decidiu agir: criou uma forma eficiente de colocar alunos baderneiros na linha.
O que fazer quando a violência acontece dentro da escola?
Nas últimas semanas, histórias de agressões, ameaças, bombas, brigas de gangues e até tiros na sala de aula tomaram conta do noticiário!
Diante de tudo isso, um promotor da infância decidiu agir: criou uma forma eficiente de colocar alunos baderneiros na linha
Cenas lamentáveis aconteceram numa escola do interior de Minas Gerais, em Ituiutaba.
Mas um professor no Rio de Janeiro já viu coisa pior.
“Um dia fui impaciente com um aluno, gritei com ele e aí tomei uma "banda", fui ao chão”.
“Um dos rapazes ficou incomodado, se sentiu ofendido e me deu uma cabeçada e abriu o meu supercílio. Sangrou”.
Parece que um tsunami está se anunciando.
Um professor foi morto, um professor de educação física. Isso aconteceu, morte!
Zona Norte do Rio, 29 de março. Depois de uma briga no pátio, a diretora de uma escola chama a mãe de um aluno de 12 anos para conversar. O menino agride a diretora, quebra as janelas da escola e a mãe dele ainda arranca a fiação da secretaria para impedir que a polícia seja chamada.
“O grau de letalidade, o grau de gravidade dessas violências, elas estão cada vez mais severas”, disse Renato Alves, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência/USP.
Em Uberaba, um rapaz de 16 anos levou uma facada na porta da escola, terça-feira passada, ao defender um primo que vinha sendo ameaçado pelos colegas.
Em Sobral, no Ceará, um adolescente levou um tiro dentro da sala de aula depois de discutir com um aluno.
Em Marília, três bombas explodiram numa escola em menos de uma semana. Um menino de 13 anos perdeu um dedo da mão.
“Esse sistema de escola está falido. Ou se muda ou a gente não vai ter mais porque educar essas crianças nesse modelo de escolarização. Porque onde você tem violência, não tem aprendizado”, declarou Renato Alves.
“Nós tivemos alunos atirando dentro da escola”, contou a professora Maria de Fátima Colman.
“A gente no recreio não dava para sair, tinha que ficar na sala por causa das gangues que a gente tinha medo de encrencar com a gente”, disse Avelina Aparecida Cardoso, de 13 anos.
Cenas de violência já foram comuns numa escola em Campo Grande. Troca de tiros, um aluno foi morto diante dos colegas. Foi a gota d'água para que uma grande transformação acontecesse lá dentro.
“Não chegava a 10% a participação dos pais, hoje nas reuniões chega a 90, 100%”, contou Valson Campos dos Anjos, diretor da escola.
Em abril do ano passado, a promotoria da infância e juventude de Campo Grande embarcou numa parceria que hoje conta com mais de 30 mil pais e oito mil professores do município.
A solução para a crise de autoridade parecia impossível, mas estava bem ali, no estatuto da criança e do adolescente.
“O estatuto não fala só de direitos, ele fala também de deveres e orientações. Nós estamos levando à escola a prestação de serviços em troca de maus atos. No lugar de registrar uma ocorrência policial contra esse jovem que não é infrator ele não é um delinquente, ele é um
indisciplinado”, explicou o promotor de Justiça Sérgio Fernando Harfouche.
Por e-mail ou telefone, professores se aconselham com o promotor. E os pais autorizam o castigo, assinando um termo disciplinar.
“Eu acho que tem mesmo que ser disciplinado os alunos. Ele vai lavar a quadra”, disse Eroina Azevedo Barros, mãe de aluno.
“Todo mundo que eu costumo mandar para o diretor, quando volta, volta uma maravilha”, contou o professor Jorge dos Santos.
Tata era aluna problema e mudou depois de cumprir medida disciplinar na cozinha.
“Eu vim lavar as cumbucas, ajudar a entregar as merendas”, explicou Tata Souza de Carvalho, de 13 anos.
Tcharles também era da turma barra pesada.
“Tudo viciado em drogas, tudo andava armado, tudo aprontava, fazia coisa errada”, disse Tcharles Souza de Carvalho, de 16 anos.
Teve que cumprir muita medida disciplinar...
“Limpei lá na frente, troquei a areia do parquinho, lavei os dois banheiros e varri o pátio”, diz ele.
“Já nos três primeiros meses, nós temos registro de redução de 60% da violência escolar”, conta o promotor.
Em um ano, pelo menos três mil alunos em 50 escolas já entraram na linha. Assinam um termo de compromisso com a promotoria da infância e juventude.
“Deu medo de ser preso. Vou contar até dez, 20 e 30. não vou brigar mais não”, conta um aluno sem se identificar.
A escola onde tudo começou virou referência internacional em gestão educacional.
“Eu me encantei pela possibilidade que esse projeto traz do resgate da autoridade do professor, sem autoritarismo”, diz a professora Ester Lorusso.
Vice-diretora de uma escola na periferia de São Paulo, Ester luta para implantar o projeto de Campo Grande onde trabalha o quanto antes.
“Hoje a gente já se depara com alunos dizendo que o sonho dele é ser bandido, infelizmente”, conta Ester, vice-diretora de escola.
“Eu acredito que a consequência desse projeto construirá cidadãos de verdade”, conclui.
Nas últimas semanas, histórias de agressões, ameaças, bombas, brigas de gangues e até tiros na sala de aula tomaram conta do noticiário!
Diante de tudo isso, um promotor da infância decidiu agir: criou uma forma eficiente de colocar alunos baderneiros na linha.
O que fazer quando a violência acontece dentro da escola?
Nas últimas semanas, histórias de agressões, ameaças, bombas, brigas de gangues e até tiros na sala de aula tomaram conta do noticiário!
Diante de tudo isso, um promotor da infância decidiu agir: criou uma forma eficiente de colocar alunos baderneiros na linha
Cenas lamentáveis aconteceram numa escola do interior de Minas Gerais, em Ituiutaba.
Mas um professor no Rio de Janeiro já viu coisa pior.
“Um dia fui impaciente com um aluno, gritei com ele e aí tomei uma "banda", fui ao chão”.
“Um dos rapazes ficou incomodado, se sentiu ofendido e me deu uma cabeçada e abriu o meu supercílio. Sangrou”.
Parece que um tsunami está se anunciando.
Um professor foi morto, um professor de educação física. Isso aconteceu, morte!
Zona Norte do Rio, 29 de março. Depois de uma briga no pátio, a diretora de uma escola chama a mãe de um aluno de 12 anos para conversar. O menino agride a diretora, quebra as janelas da escola e a mãe dele ainda arranca a fiação da secretaria para impedir que a polícia seja chamada.
“O grau de letalidade, o grau de gravidade dessas violências, elas estão cada vez mais severas”, disse Renato Alves, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência/USP.
Em Uberaba, um rapaz de 16 anos levou uma facada na porta da escola, terça-feira passada, ao defender um primo que vinha sendo ameaçado pelos colegas.
Em Sobral, no Ceará, um adolescente levou um tiro dentro da sala de aula depois de discutir com um aluno.
Em Marília, três bombas explodiram numa escola em menos de uma semana. Um menino de 13 anos perdeu um dedo da mão.
“Esse sistema de escola está falido. Ou se muda ou a gente não vai ter mais porque educar essas crianças nesse modelo de escolarização. Porque onde você tem violência, não tem aprendizado”, declarou Renato Alves.
“Nós tivemos alunos atirando dentro da escola”, contou a professora Maria de Fátima Colman.
“A gente no recreio não dava para sair, tinha que ficar na sala por causa das gangues que a gente tinha medo de encrencar com a gente”, disse Avelina Aparecida Cardoso, de 13 anos.
Cenas de violência já foram comuns numa escola em Campo Grande. Troca de tiros, um aluno foi morto diante dos colegas. Foi a gota d'água para que uma grande transformação acontecesse lá dentro.
“Não chegava a 10% a participação dos pais, hoje nas reuniões chega a 90, 100%”, contou Valson Campos dos Anjos, diretor da escola.
Em abril do ano passado, a promotoria da infância e juventude de Campo Grande embarcou numa parceria que hoje conta com mais de 30 mil pais e oito mil professores do município.
A solução para a crise de autoridade parecia impossível, mas estava bem ali, no estatuto da criança e do adolescente.
“O estatuto não fala só de direitos, ele fala também de deveres e orientações. Nós estamos levando à escola a prestação de serviços em troca de maus atos. No lugar de registrar uma ocorrência policial contra esse jovem que não é infrator ele não é um delinquente, ele é um
indisciplinado”, explicou o promotor de Justiça Sérgio Fernando Harfouche.
Por e-mail ou telefone, professores se aconselham com o promotor. E os pais autorizam o castigo, assinando um termo disciplinar.
“Eu acho que tem mesmo que ser disciplinado os alunos. Ele vai lavar a quadra”, disse Eroina Azevedo Barros, mãe de aluno.
“Todo mundo que eu costumo mandar para o diretor, quando volta, volta uma maravilha”, contou o professor Jorge dos Santos.
Tata era aluna problema e mudou depois de cumprir medida disciplinar na cozinha.
“Eu vim lavar as cumbucas, ajudar a entregar as merendas”, explicou Tata Souza de Carvalho, de 13 anos.
Tcharles também era da turma barra pesada.
“Tudo viciado em drogas, tudo andava armado, tudo aprontava, fazia coisa errada”, disse Tcharles Souza de Carvalho, de 16 anos.
Teve que cumprir muita medida disciplinar...
“Limpei lá na frente, troquei a areia do parquinho, lavei os dois banheiros e varri o pátio”, diz ele.
“Já nos três primeiros meses, nós temos registro de redução de 60% da violência escolar”, conta o promotor.
Em um ano, pelo menos três mil alunos em 50 escolas já entraram na linha. Assinam um termo de compromisso com a promotoria da infância e juventude.
“Deu medo de ser preso. Vou contar até dez, 20 e 30. não vou brigar mais não”, conta um aluno sem se identificar.
A escola onde tudo começou virou referência internacional em gestão educacional.
“Eu me encantei pela possibilidade que esse projeto traz do resgate da autoridade do professor, sem autoritarismo”, diz a professora Ester Lorusso.
Vice-diretora de uma escola na periferia de São Paulo, Ester luta para implantar o projeto de Campo Grande onde trabalha o quanto antes.
“Hoje a gente já se depara com alunos dizendo que o sonho dele é ser bandido, infelizmente”, conta Ester, vice-diretora de escola.
“Eu acredito que a consequência desse projeto construirá cidadãos de verdade”, conclui.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Jornal do Professor Recursos tecnológicos e aulas criativas estimulam estudantes
Segunda-feira, 12 de abril de 2010 - 14:55

O projeto Valentine’s Day foi desenvolvido há dois anos, na Escola Presidente Médici, onde ela trabalhava na ocasião, com alunos do nono ano do fundamental e do ensino médio. “O resultado foi maravilhoso. Os alunos participaram com muita vontade e puderam expressar seus sentimentos de várias formas”, enfatiza a professora, que trabalhou questões relacionadas à amizade e ao amor.
Em sua opinião, foi um dos trabalhos mais interessantes que já planejou e seu maior sucesso foi a liberação para os alunos utilizarem os sites de relacionamentos, costumeiramente proibidos durante as aulas: “Neste eles puderam entrar e postar seus recados e mensagens.”
Formada em letras, com pós-graduação em língua inglesa, Patrícia leciona inglês desde 2000, quando concluiu sua graduação. Ela trabalha, atualmente, nas escolas Eurico Gaspar Dutra e Juscelino Kubitschek, e diz que sua maior dificuldade é a falta de material. “Vivo pesquisando sugestões de atividades diferenciadas em livros ou em sites especializados em educação”, explica. Ela destaca que essa foi a sua motivação ao desenvolver não só o conteúdo sobre o Valentine’s Day como os demais que estão postados no Portal do Professor.
A professora considera que a união de conteúdos considerados “chatos” com os recursos tecnológicos disponíveis é a atitude que mais dá certo. Em sua opinião, os alunos participam mais quando o professor inova em uma aula expositiva, utilizando, por exemplo, um data show ou fazendo um trabalho com câmeras digitais, em que os alunos devem registrar, em inglês, momentos de seu cotidiano, utilizando os tempos verbais já trabalhados em aula. “Acredito que essa tecnologia veio somar com a educação. Só é preciso ter coragem para tentar mudar”, analisa.
Realidade – A preocupação de Danilo Duarte Costa, de Belo Horizonte, é oferecer aos estudantes conteúdos diferentes e criativos. “Acredito que o papel do professor é motivar os alunos e, para isso, é preciso que as aulas sejam estimulantes e dinâmicas”, acentua. Ele entende como fundamental que as aulas atendam – ou, ao menos, se aproximem – da realidade em que se inserem os alunos: “A aula deve fazer sentido para eles e não se tornar somente um amontoado de informações a serem decoradas”, justifica o professor, que trabalha no Centro de Extensão (Cenex) da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), desde 2008.
Ele dá aulas de inglês em cursos de idiomas desde 2002, mas ainda não leciona em escolas regulares, pois somente no final deste ano concluirá a licenciatura em letras. Em 2009, Danilo Costa participou, como monitor, de um projeto de extensão da UFMG – o Educação Continuada de Professores de Língua Estrangeira (Educonle).
“Essa participação me ajudou bastante, como fator norteador para as aulas que elaboro para o Portal do Professor,”assinala. Segundo ele, o fato de todos os professores que participam do Educonle lecionarem em escolas públicas possibilitou que entendesse melhor quem eram os alunos, bem como suas necessidades.
Fátima Schenini
Acesse as aulas da professora Patrícia e do professor Danilo no Portal do Professor
Leia outras notícias no Jornal do Professor
Palavras-chave: Portal do Professor, Jornal do Professor
quarta-feira, 7 de abril de 2010
quarta-feira, 31 de março de 2010
Conferência de Educação Ensino a distância causa debate em plenária sobre democratização do acesso
A inclusão ou supressão de uma simples palavra – o advérbio “preferencialmente” – foi discutida durante quarenta minutos por delegados de todo o país, reunidos na plenária sobre democratização do acesso, permanência e sucesso escolar nesta quarta-feira, 31, durante a Conferência Nacional de Educação (Conae), em Brasília.
Parece simples, mas a palavra, dentro do debate, sintetiza uma discussão importante, que diz respeito ao apoio da educação a distância ou não. Os participantes tiveram de decidir que tipo de proposta construiriam em relação à expansão da educação superior pública. Assim, os delegados precisaram optar pela supressão ou manutenção da palavra no seguinte texto: “Incrementar a expansão da educação superior pública (...), garantindo formação inicial em cursos de licenciatura e bacharelados preferencialmente presenciais, oferecidos por instituições de ensino superior públicas (...)”
Neste contexto, a supressão da palavra “preferencialmente” significaria a defesa da expansão da educação superior apenas em cursos presenciais, excluindo a oferta da educação a distância. “A minha preocupação é com a qualidade da educação ofertada a distância. Muitas instituições privadas podem fazer disso mais um meio para fabricação de diplomas”, disse a pedagoga Rita Serra Faeda, delegada pelo estado do Rio de janeiro.
“Eu sou favorável a toda educação pública de qualidade, a distancia ou presencial”, assinalou a delegada do Espírito Santo, Maria Madalena Alcântara. “Não podemos reafirmar nesta conferência preconceitos, porque isso prejudica o avanço de políticas públicas importantes. O que temos de defender é o acesso de todos à educação e a qualidade de todas as modalidades de educação”, defendeu a delegada pelo Ministério da Educação, Patrícia Barcelos.
Os participantes, depois da votação, resolveram manter a palavra “preferencialmente” no texto e incluir a possibilidade de oferta de cursos de licenciatura e bacharelado pela educação a distancia, em instituições públicas de educação superior.
Outros temas – Além da educação a distância, os participantes também decidiram como outras propostas referentes a acesso e permanência serão enviadas à plenária final. Sobre o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), por exemplo, representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) defenderam a sua avaliação constante. Em relação a cotas nas universidades – outro assunto que gerou polêmica – os delegados aprovaram proposta que reserva 50% das vagas nas instituições públicas para alunos egressos das escolas públicas, respeitando a proporção de negros e indígenas em cada ente federado, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Desde terça-feira, delegados de todo o país estão distribuídos em seis salões diferentes para discutir seis grandes temas até esta quinta-feira, 1º de abril, quando devem levar o resultado de suas deliberações à plenária final do encontro. As propostas aprovadas no encontro final de quinta-feira balizarão a elaboração do próximo Plano Nacional de Educação, que conterá metas educacionais de 2011 a 2020.
Maria Clara Machado
Leia mais sobre a Conae.
Parece simples, mas a palavra, dentro do debate, sintetiza uma discussão importante, que diz respeito ao apoio da educação a distância ou não. Os participantes tiveram de decidir que tipo de proposta construiriam em relação à expansão da educação superior pública. Assim, os delegados precisaram optar pela supressão ou manutenção da palavra no seguinte texto: “Incrementar a expansão da educação superior pública (...), garantindo formação inicial em cursos de licenciatura e bacharelados preferencialmente presenciais, oferecidos por instituições de ensino superior públicas (...)”
Neste contexto, a supressão da palavra “preferencialmente” significaria a defesa da expansão da educação superior apenas em cursos presenciais, excluindo a oferta da educação a distância. “A minha preocupação é com a qualidade da educação ofertada a distância. Muitas instituições privadas podem fazer disso mais um meio para fabricação de diplomas”, disse a pedagoga Rita Serra Faeda, delegada pelo estado do Rio de janeiro.
“Eu sou favorável a toda educação pública de qualidade, a distancia ou presencial”, assinalou a delegada do Espírito Santo, Maria Madalena Alcântara. “Não podemos reafirmar nesta conferência preconceitos, porque isso prejudica o avanço de políticas públicas importantes. O que temos de defender é o acesso de todos à educação e a qualidade de todas as modalidades de educação”, defendeu a delegada pelo Ministério da Educação, Patrícia Barcelos.
Os participantes, depois da votação, resolveram manter a palavra “preferencialmente” no texto e incluir a possibilidade de oferta de cursos de licenciatura e bacharelado pela educação a distancia, em instituições públicas de educação superior.
Outros temas – Além da educação a distância, os participantes também decidiram como outras propostas referentes a acesso e permanência serão enviadas à plenária final. Sobre o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), por exemplo, representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) defenderam a sua avaliação constante. Em relação a cotas nas universidades – outro assunto que gerou polêmica – os delegados aprovaram proposta que reserva 50% das vagas nas instituições públicas para alunos egressos das escolas públicas, respeitando a proporção de negros e indígenas em cada ente federado, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Desde terça-feira, delegados de todo o país estão distribuídos em seis salões diferentes para discutir seis grandes temas até esta quinta-feira, 1º de abril, quando devem levar o resultado de suas deliberações à plenária final do encontro. As propostas aprovadas no encontro final de quinta-feira balizarão a elaboração do próximo Plano Nacional de Educação, que conterá metas educacionais de 2011 a 2020.
Maria Clara Machado
Leia mais sobre a Conae.
Palavras-chave: Conferência Nacional de Educação, Conae
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terça-feira, 30 de março de 2010
Cientistas se emocionam com êxito do acelerador que recria o 'Big Bang'
Jamil Chade, de O Estado de S. Paulo
GENEBRA- A lua cheia ainda brilhava sobre os alpes em uma noite de fim de inverno quando os primeiros cientistas chegavam ao Centro Europeu para a Pesquisa Nuclear (Cern). A noite foi de preparativos para o primeiro teste, programado para ocorrer às 6 horas da manhã do horário europeu (1 hora de Brasília).
Mas um problema de energia obrigou os técnicos a abortá-lo. Às 8 horas, mais uma tentativa e outro fracasso, desta vez por conta de imãs.
A cautela do Cern em garantir que o experimento era totalmente seguro pode ter sido exagerada. O acelerador, diante de qualquer anomalia, cancela a rotação das partículas e foi isso que ocorreu. Nesse momento, a tensão tomou conta dos cientistas.
"Durante a noite, tudo correu bem. Mas quando começamos o teste para valer, os problemas apareceram. Ficamos muito preocupados", afirmou Steve Myers, diretor do acelerador.
Em 2008, no primeiro ato de funcionamento do acelerador, as comemorações também ocorreram. Mas nove dias depois o projeto foi suspenso por um ano e meio diante de uma falha. O cenário ainda estava na mente de todos.
Mas às 13 horas e seis minutos, o primeiro choque finalmente ocorreu. As salas de comando do experimento foram tomadas por uma comemoração pouco típica dos cientistas. Sob forte aplauso, muitos se abraçavam, enquanto outros serviam champagne francesa em copos de plástico. "Estou aliviado e emocionado", afirmou Myers.
No projeto Atlas, que irá tentar identificar a massa negra, a responsável pelo programa, Fabiola Gianotti, comemorava. "O choque foi como fogos de artifício. Algo completamente diferente de tudo que já vimos. Podemos dizer com certeza que estamos em um novo regime de energia", afirmou, mesmo sem ainda avaliar os dados com profundidade.
Em telas espalhadas pelo Cern, a explosão gerada pelo choque era mostrada em animações criadas por computadores. Em uma teleconferência no Japão, Heuer aparecia com um copo de vinho de uma garrafa ano 1991, data da aprovação inicial do projeto.
Michael Barnett, físico da Lawrence Berkeley National Laboratory, não escondia sua felicidade. "Estou nesse projeto há 16 anos. Nossa vida nesse planeta é curta. Sonhos de uma vida inteira estão nessa experiência", disse ao Estado. "O que ocorre hoje é o resultado de toda minha vida. Não tenho como não me emocionar", disse.
GENEBRA- A lua cheia ainda brilhava sobre os alpes em uma noite de fim de inverno quando os primeiros cientistas chegavam ao Centro Europeu para a Pesquisa Nuclear (Cern). A noite foi de preparativos para o primeiro teste, programado para ocorrer às 6 horas da manhã do horário europeu (1 hora de Brasília).
Mas um problema de energia obrigou os técnicos a abortá-lo. Às 8 horas, mais uma tentativa e outro fracasso, desta vez por conta de imãs.
A cautela do Cern em garantir que o experimento era totalmente seguro pode ter sido exagerada. O acelerador, diante de qualquer anomalia, cancela a rotação das partículas e foi isso que ocorreu. Nesse momento, a tensão tomou conta dos cientistas.
"Durante a noite, tudo correu bem. Mas quando começamos o teste para valer, os problemas apareceram. Ficamos muito preocupados", afirmou Steve Myers, diretor do acelerador.
Em 2008, no primeiro ato de funcionamento do acelerador, as comemorações também ocorreram. Mas nove dias depois o projeto foi suspenso por um ano e meio diante de uma falha. O cenário ainda estava na mente de todos.
Mas às 13 horas e seis minutos, o primeiro choque finalmente ocorreu. As salas de comando do experimento foram tomadas por uma comemoração pouco típica dos cientistas. Sob forte aplauso, muitos se abraçavam, enquanto outros serviam champagne francesa em copos de plástico. "Estou aliviado e emocionado", afirmou Myers.
No projeto Atlas, que irá tentar identificar a massa negra, a responsável pelo programa, Fabiola Gianotti, comemorava. "O choque foi como fogos de artifício. Algo completamente diferente de tudo que já vimos. Podemos dizer com certeza que estamos em um novo regime de energia", afirmou, mesmo sem ainda avaliar os dados com profundidade.
Em telas espalhadas pelo Cern, a explosão gerada pelo choque era mostrada em animações criadas por computadores. Em uma teleconferência no Japão, Heuer aparecia com um copo de vinho de uma garrafa ano 1991, data da aprovação inicial do projeto.
Michael Barnett, físico da Lawrence Berkeley National Laboratory, não escondia sua felicidade. "Estou nesse projeto há 16 anos. Nossa vida nesse planeta é curta. Sonhos de uma vida inteira estão nessa experiência", disse ao Estado. "O que ocorre hoje é o resultado de toda minha vida. Não tenho como não me emocionar", disse.
domingo, 7 de março de 2010
Prazo para solicitação da certificação de Ensino Médio vai até 31 de março
Os candidatos interessados em receber a certificação do Ensino Médio com a pontuação do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) terão até 31 de março para fazer a solicitação no site do Inep - www.sistemasenem2.inep.gov.br/Enem2009. Sem o cadastro no site federal será inviável a emissão do documento pela Secretaria de Estado de Educação.
A Gerência de Educação de Jovens e Adultos da Seduc aponta 1655 solicitações inseridas no site federal, das quais apenas cerca de 50 tiveram encaminhamento no Estado. O responsável técnico pelo cadastro no Estado, professor Jefferson Moura, informa que o procedimento da certificação se dá em etapas. Após a solicitação no site os candidatos devem comparecer na Secretaria ou respectivas representantes no interior do Estado (assessoria pedagógica e municípios onde existam Cejas) para encaminhar a documentação pessoal – RG e CPF, além do documento que comprova a pontuação conquistada.
Moura esclarece que a perda do prazo comprometerá o encaminhamento da documentação caso o candidato precise da certificação ainda este ano. “São necessários 60 dias para a emissão do certificado, após a entrega de documentos na secretaria”, adverte.
Em caso de dúvida, outros esclarecimentos podem ser obtidos pelos seguintes telefones: (65) 3613-6325 e 3613-6447 (Gerência de EJA).
ROSELI RIECHELMANN
Assessoria/Seduc-MT
A Gerência de Educação de Jovens e Adultos da Seduc aponta 1655 solicitações inseridas no site federal, das quais apenas cerca de 50 tiveram encaminhamento no Estado. O responsável técnico pelo cadastro no Estado, professor Jefferson Moura, informa que o procedimento da certificação se dá em etapas. Após a solicitação no site os candidatos devem comparecer na Secretaria ou respectivas representantes no interior do Estado (assessoria pedagógica e municípios onde existam Cejas) para encaminhar a documentação pessoal – RG e CPF, além do documento que comprova a pontuação conquistada.
Moura esclarece que a perda do prazo comprometerá o encaminhamento da documentação caso o candidato precise da certificação ainda este ano. “São necessários 60 dias para a emissão do certificado, após a entrega de documentos na secretaria”, adverte.
Em caso de dúvida, outros esclarecimentos podem ser obtidos pelos seguintes telefones: (65) 3613-6325 e 3613-6447 (Gerência de EJA).
ROSELI RIECHELMANN
Assessoria/Seduc-MT
quinta-feira, 4 de março de 2010
Programa eleva autoestima de professores de escolas multisseriadas
As escolas multisseriadas, que reúnem na mesma sala de aula alunos de diferentes séries do ensino fundamental, representam 56,45% das escolas existentes na área rural brasileira. Segundo dados do Censo Escolar de 2008 existem 48.875 instituições desse tipo, em nosso país, com 70 mil professores e 1,3 milhão de alunos. Essa organização heterogênea, com estudantes de diferentes idades e níveis de conhecimento, ocorre principalmente devido às grandes distâncias existentes nas áreas rurais e à baixa densidade da população nesses locais.
Em Marabá, no sudeste do Pará, a 485 Km da capital Belém, a Secretaria Municipal de Educação trabalha com a formação continuada dos professores das escolas do campo, que são atendidos em cinco pólos de formação. “É um momento muito rico, porque todos os educadores das escolas pequenas e que ficam isoladas se encontram para uma troca de experiências, socialização, e planejamento”, diz a pedagoga Aurelice Lopes. A ação faz parte do programa Escola Ativa, do Ministério da Educação, criado em 2008 para melhorar a qualidade do desempenho escolar em turmas multisseriadas e que tem a capacitação de professores e a implantação de recursos pedagógicos entre suas principais estratégias. O programa, coordenado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), é desenvolvido em 39.732 escolas, em 3.106 municípios.
“A metodologia da Escola Ativa traz visibilidade para os educadores das classes multisseriadas”, garante a pedagoga Aurelice Lopes Queiroz, onde o programa é adotado em 116 escolas. Para ela, que é coordenadora pedagógiga nas escolas do campo, a autoestima desses professores agora está elevada porque existe um programa voltado para eles e suas necessidades. Segundo Aurelice, outros resultados positivos têm sido constatados no processo de ensino-aprendizagem e no envolvimento da comunidade com a escola. “Onde o educador realmente se compromete e trabalha a metodologia, os resultados têm sido consideráveis”, assegura. No entanto, a pedagoga faz uma ressalva: eles têm enfrentando uma grande dificuldade em desenvolver a metodologia porque não conseguem fazer o acompanhamento necessário. “Se o nosso acompanhamento fosse mais frequente e sistematizado, nossos resultados seriam melhores”, acredita.
Entre os elementos utilizados pelo programa Escola Ativa em sua metodologia estão os Cadernos de Ensino e Aprendizagem. Específicos por disciplina, eles estimulam os alunos a estudarem por conta própria. Em 2009, o MEC encaminhou 820 mil desses Cadernos, que beneficiaram 694.237 alunos. Em 2010, serão distribuídos 7.379.395 Cadernos para atender 1.321.833 alunos. O programa também utiliza os chamados Cantinhos de Aprendizagem: locais que reúnem materiais de pesquisa e subsídios para aprendizagem e que podem conter livros, plantas, e objetos ligados à cultura local e às áreas do conhecimento.
Autor: Arquivo do MEC
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